A Paz do Senhor sou Pb Vânio Mateus. Pastor preciso
entender mais sobre esse assunto, a questão é se crente ter compadre seria certo, já que a origem do nome não soa muito bem, mas, o que desejo saber é a
origem de onde começou ai então posso defender as pessoas e quem sabe
ajudá-las a não cair nessa. Se puder ajude-me.
Caro irmão presbítero, oro para que tudo esteja bem contigo e que siga cumprindo o mandato do
nosso Senhor, com fidelidade e mansidão.
Quanto à sua pergunta
sobre os termos “compadre” e “comadre”, realmente são oriundos do catolicismo
romano:
Significado de Compadre
s.m. O padrinho de
alguém em relação aos seus pais; os pais de quem foi batizado em relação á
pessoa que o batizou.
P.ext. Pessoa muito querida com quem se mantém uma relação afetiva, de amizade.
P.ext. Pessoa muito querida com quem se mantém uma relação afetiva, de amizade.
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Acessado em 25/03/2016
Podemos dizer que
compadres são aqueles que compartilham os filhos através do batismo com aqueles
que passam a ser chamados de “padrinhos” das crianças.
Acerca da nossa visão
sobre a figura dos padrinhos no batismo católico romano:
Primeiramente,
precisamos deixar claro que a diferença entre os batismos católico romano e
evangélico não deve ser buscada tão somente em sua forma de administração,
pois, embora grande parte dos evangélicos brasileiros pratique a imersão e não
permita o batismo de crianças; há muitas igrejas evangélicas que mantém como
bíblicas e válidas a administração do batismo por aspersão ou efusão, tanto a
adultos como também aos seus filhos ou crianças sob sua guarda, como se dá
entre os Presbiterianos e Metodistas, por exemplo.
Declaro que a vital
diferença entre romanos e evangélicos está no conteúdo do batismo, isto é, o
que ele representa e a que se destina.
Segundo o pensamento
romano, o batismo é “ex oppere operato” isto é, tem poder em si mesmo de
conferir a graça da salvação, tornando pagãos em cristãos, anulando assim os
efeitos do pecado original, como informa o vaticano:
“Pelo Baptismo todos os pecados são perdoados: o pecado original e
todos os pecados pessoais, bem como todas as penas devidas ao pecado. Com
efeito, naqueles que foram regenerados, nada resta que os possa impedir de
entrar no Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as
consequências do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus.”
[...]O Baptismo não somente purifica de
todos os pecados, como faz também do neófito «uma nova criatura», um filho
adoptivo de Deus, tornado «participante da natureza divina», membro de Cristo e
co-herdeiro com Ele, templo do Espírito Santo.
Acessado em 25/03/2016
Estas coisas não são
asseguradas, ou não devem ser asseguradas, no batismo evangélico!
Creio que todos os
evangélicos concordam que o Batismo é o sinal visível, da graça invisível.
Batismo é o rito de ingresso na Igreja Visível de Jesus Cristo, sem o
qual, não se entra para a comunidade visível, dos que professam a fé Cristã.
Isto é, pelo batismo aqueles que já são de Cristo através da fé, são recebidos
como irmãos na membresia da Igreja constituída.
Como presbiterianos,
assumimos que tanto adultos crentes, como crianças de lares evangélicos, devem
ser tidos como irmãos em Cristo e recebam o batismo, pressupondo que sejam, de
fato, participantes da Igreja. Contudo, nem das crianças ou dos adultos podemos
ter certeza infalível, pois, só Deus sonda os corações. Como vemos no caso de
Simão, um dos batizados da jovem igreja cristã em Samaria:
O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo
sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e
grandes milagres praticados. Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os
apóstolos as mãos, era concedido o Espírito Santo , ofereceu-lhes dinheiro,
propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu
impuser as mãos receba o Espírito Santo. Pedro, porém, lhe respondeu: O teu
dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o
dom de Deus. Atos 8. 13, 18-21.
Além do significado do
batismo, há ainda o problema da destinação do mesmo. Infelizmente, os batizados
da igreja romana, estão por esta via se unindo a uma comunidade idólatra e
descomprometida com a fidelidade a inúmeras outras ordenanças das Escrituras.
É aí que entra o
problema da figura dos padrinhos; pois, conforme o ensino romano, além dos pais
da criança batizada, os padrinhos são responsáveis por zelar pela permanência
da criança na fé romana, de maneira que prossiga submissa àquela igreja e seus
dogmas.
Como poderíamos nos
submeter a tantos e falsos ensinos romanos?
- Idolatria;
- Mariolatria;
- Reinado papal;
- Sacerdócio restrito
ao clero
- Acréscimos às
Sagradas Escrituras;
- Proibição do livre
exame das Escrituras Sagradas;
- Amuletos e
superstições;
- A doutrina do
purgatório;
- Intercessão pelos
mortos;
- Orações aos mortos;
- Confissões aos
padres;
- Adições aos
sacramentos bíblicos;
- Desvio de
entendimento e função dos verdadeiros sacramentos do Batismo e Eucaristia (Ceia
do Senhor)
- Desvirtuamento do
sexo no matrimônio;
- Obrigação de celibato
aos seus “pastores”;
- Acobertamento de
desvios dos mesmos, mediante sucessivas transferências.
- Busca excessiva pelo
poder e enriquecimento do Clero Romano.
E tantos outros.
Especialmente por isto
afirmamos que não podemos perpetuar esta tradição, porque fazê-lo seria obrigar
pessoas convertidas a Cristo à obediência aos velhos erros da igreja romana,
através da submissão aos antigos padrinhos.
Deste modo, segundo a
viva Palavra de Deus, não há validade alguma para o crente qualquer trato ou
juramento religioso que ele tenha feito em seus tempos de ignorância:
“E, assim, se alguém
está em Cristo, é nova criatura;
as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. 2 Coríntios 5:17
Isto não quer dizer que
seja proibido que se tenha em grande consideração aqueles que tanto nos querem
bem a ponto de terem se tornado nossos padrinhos, e sim deixar bem claro que
não mais estamos debaixo daquelas tradições, buscando de todas as formas
amáveis e firmes a que também os chamados “padrinhos” venham a se converter e
se entregar às verdades do Evangelho, abandonando assim as mentiras do
catolicismo.
Lembremos sempre que
nosso Senhor Jesus não apenas nos ordenou o Batismo, como também e
principalmente, que obedeçamos e ensinemos a obedecer tudo o que Ele nos
ordenou!
Jesus, aproximando-se, falou-lhes,
dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.
E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mateus 28. 18-20.
Entretanto, o termo
“compadre” tem uma segunda definição, apresentada no início:
P.ext. Pessoa muito
querida com quem se mantém uma relação afetiva, de amizade.
Se esta, e apenas esta,
fosse a intenção de quem chama alguém de “compadre” ou “comadre”, não haveria
problemas, contanto que ficasse bem claro que não tem nenhuma relação com a
primeira definição, à qual temos aqui contestado biblicamente; todavia, devido
à associação religiosa, histórica e cultural do termo, considero extremamente
arriscado uma pessoa depois que se converteu a Cristo assumir este nome tão
comprometido com o catolicismo!
Um forte abraço, e que
Deus continue abençoando grandemente sua vida família e ministério!
No temor de Cristo,
Pr. Sandro Márcio