Espaço reservado à reflexão sobre questões que nos incomodam e nem sempre tivemos com quem nos aconselhar. Reflete a opinião de quem, embora não seja dono da verdade, se esforça por ser um servo fiel dela. Existe algo que sempre o incomodou e que ainda não encontrou resposta satisfatória? Este é o seu espaço, você poderá perguntar o que quiser e eu lhe direi o que penso, embasado na Bíblia Sagrada. Trazer-lhe a Palavra de Deus e tirar a sua dúvida, ajudando-o (a) a refletir acerca de seu dia-a-dia é o que mais desejo. Você pode usar o espaço "comentários" para enviar suas perguntas ou, se preferir, mande-as via e-mail: pr.sandromarcio@hotmail.com e aguarde a publicação da resposta no blog.
Que Deus nos ajude!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O Novo Testamento Aboliu o Dízimo?

Ola pastor boa noite, eu vi que em seu comentário, o senhor deu bastante enfase ao uso do dizimo na resolução dos problemas financeiro de uma igreja.Sendo assim, resolvi compartilhar um pensamento e gostaria que o senhor comentasse por favor.
A palavra dizimo encontrado pela Primeira vez na Bíblia em (Gn 14) significa colheita, ou seifa é que foi uma atitude voluntária, quando depois de uma guerra, Abraão ofereceu a um sacerdote chamado Melquisedeque, Jacó, seu neto, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos, esse dízimo nunca foi dinheiro e sim cereais, sendo este totalmente diferente do preceito religioso estabelecido na ordem levítica da lei de Moisés que pela sua lei o Dízimo significa a décima parte de algo, paga voluntariamente ou através de taxa ou imposto, para ajudar organizações religiosas judaicas segundo a Lei de Moises (Lv 27, 30, 32) (Malaquias 3:10) (Hb 7:5). Segundo ordem levitica dizimo era dado exclusivamente aos levitas (1 Cr 15:2) (Hb 7.5), (Hb 7.11) 
Seu início se deu porque dentre as 12 tribos de Israel, a mais pobre era a tribo de Levi, então as tribos mais prosperas deveriam repartir mantimentos com a tribo menos favorecida justamente porque elas tinham colheitas em abundancia e não necessitavam de tantos mantimentos, guardar tudo para elas mesmas significaria acumular tesouro o que é terminantemente proibido por Deus, a tribo de Levi por sua vez também ofertava a viúvas órfãos e necessitados (Dt 26:12) repartiam com os estrangeiros, já que Israel no passado também já foi estrangeira, significando assim amor ao próximo, lá, benção era chuva para a colheita, maldição era seca, o devorador eram os gafanhotos, tudo isso definitivamente nada tem a ver a associação do devorador com o demônio nem benção com prosperidade financeira, como ensina o sistema religioso de hoje, em toda a bíblia não existe uma única citação que ampare essa afirmação. Segundo a LEI apenas os LEVITAS poderiam recolher o dizimo.
Os lideres religiosos de hoje que recolhem o dizimo, não são da tribo de Levi, não são Judeus e não fazem parte da Lei de Moisés. Este costume existiu de Abraão, até Levi (Hb 7:9), nessa passagem Paulo explica que, o dizimo termina em Levi e por ser Cristo sacerdote segundo a Ordem de Melquisedec, este ab-rogou (aboliu) o sacerdócio levítico com todas as suas as leis, dízimos e costumes, conforme narra Paulo na carta endereçada aos Hebreus (Hb 7, 1 - 28). Paulo arremata: "Com efeito, mudado que seja o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei" (Hb 7.12). E ainda: "O mandamento precedente é, na verdade, ab-rogado pela sua fraqueza e inutilidade" (Hb 7, 18). OBS: SACERDOTE SÃO (LÍDERES RELIGIOSOS DA TRIBO DE LEVI) e mais, Quem entende que a o velho testamento e seus preceitos foram abolido por Cristo segundo o Apostolo Paulo (2 Co 3:14), apóia o uso do dizimo, citando a passagem do Novo Testamento onde Jesus critica os Escribas e Fariseus que lembram apenas do dizimo e esqueciam os outros preceitos da lei (Mt 23:23), sabemos que segundo a lei de Móisés do antigo testamento, aqueles dois homens que Jesus criticou, eram obrigados a dar o dizimo, o cominho e hortelã porque eram Judeus e ainda estavam sobre o manto da lei de Moisés e não da graça, que tem seu inicio com a morte de Jesus “ Esta consumado” naquele momento Cristo adentrou a nova aliança da graça, que estamos hoje, e neste contexto Jesus está dando uma bronca no pessoal que só lembrava do dízimo e esqueciam se dos outros preceitos da Lei, definitivamente ele não está orientando aos Gentios (nós) a praticar o preceito do dízimo. Cristo e seus discípulos jamais orientaram, permanecêssemos no preceito do dizimo, das coisas do dizimo a única que Jesus preservou é a caridade ajudar o necessitado ou seja ofertar ao próximo. (Is 1:17), (Tg 1:27). 

Resposta:
Boa noite, amado irmão!
Inicialmente quero agradecer por seu comentário e a oportunidade que me dá para falar mais sobre este importante assunto. Afinal, o cristão deve dar o dízimo ou é apenas uma ordenança restrita ao povo de Deus do Velho Testamento?
Creio que o dízimo é um referencial dado por Deus na Bíblia Sagrada para manutenção de sua igreja e, a esse respeito, é o mínimo que se espera de cada cristão. O Novo Testamento não eliminou a ordenança, mas deu o real sentido a ela, salientando o amor, a gratidão e a liberalidade deste ato.
Pretendo mostrar a base bíblica desta posição. 

1. A palavra Dízimo no Antigo e Novo Testamentos:
Caro irmão, a palavra dízimo, tanto no Antigo Testamento (hebraico: maasher) como no Novo Testamento (grego = dekáte) não significa colheita, como você sugeriu, e sim a décima parte de alguma coisa. Isto pode ser facilmente confirmado nos livros: Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento e Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, no verbete “dízimo” (ed. Vida Nova).
É claro que numa cultura agrícola, como era a de Israel, o fruto da terra estava em maior evidência, mas também contava com a cooperação da criação de gado e os despojos de guerra. Por isso quando em Gênesis 14.20, lemos que Abrão deu o dízimo de tudo quanto tinha, não temos como excluir a possibilidade de que o “tudo” estivesse também englobando valores em dinheiro, ouro e jóias.
Quando chegamos ao tempo da lei, é claramente dada a instrução de que se podia dar o dízimo da produção da terra e do gado em dinheiro; contudo, para que não houvesse perda ou desvalorização deveria ser acrescentada ainda uma quinta parte ao montante oferecido (Levítico 27.31).
   

2. A antiguidade e validade da prática:
Outra coisa que precisa ser considerada é a questão da antiguidade da prática do dízimo, que precede à lei de Moisés e ao sacerdócio Aarônico. O dízimo nos é apresentado justamente no exercício sacerdotal de Melquisedeque (Gênsis 14.20); que em Hebreus é dado como tipo do sacerdócio de Cristo, e por isso superior ao da Lei mosaica. O autor aos Hebreus (que alguns dizem ser Paulo, mas ninguém sabe ao certo quem é) vê com clareza esta superioridade a ponto de nos dizer que os levitas lhe pagaram o dízimo, através de seu ancestral Abraão, e que a ordem sacerdotal de Arão é passageira e a de Melquisedeque é eterna (Conforme Hebreus 7).
Uma coisa não é abolida, tão somente por estar no Antigo Testamento e sim quando é claramente rejeitada no Novo, e isto, não podemos afirmar em relação aos dízimos!
Mencionar a prática do dízimo por Abrão a Melquisedeque, em nada enfraquece
sua observância em nossos dias, muito pelo contrário.

3. O dízimo e a tribo de Levi:
Também há um problema em sua afirmação de que o dízimo seria entregue aos levitas, por serem da tribo mais pobre de Israel.
Devemos ver na separação de Israel administrativa e territorialmente em tribos, Deus ordenando que a tribo de Levi não tenha porção de terra separada, e sim que os levitas vivam nas cidades de Israel, para que ministrem da parte do Senhor ao Seu povo. Os levitas não recebiam os dízimos por serem pobres e sim por serem da tribo separada para a direção do culto ao Deus Todo-Poderoso e instrução de Seu povo. A eles cabia o cuidado com o serviço eclesiástico e também o amparo aos carentes; como este cuidado ainda se faz necessário na igreja atual; acredito que os dízimos ainda sejam um referencial adequado.

4. A repreensão de Deus ao Seu povo, registrada em Malaquias 3.
Quando lemos acerca da ira de Deus contra seu povo que o roubava no que dizia respeito aos dízimos e ofertas, como você bem considerou, não precisamos falar de demônios, pois os gafanhotos eram uma tragédia real em Israel, que não tinha porque ser espiritualizada. Deus é soberano para usar todos os meios que queira para punir a infidelidade de Seu povo. 
Para quem está em desobediência a Deus, o demônio se torna um problema pequeno; “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!” Hebreus 10.31.

5. O dízimo, Jesus e os fariseus:

Nos evangelhos, quando Jesus repreende os fariseus por sua hipócrita observância nos dízimos, jejuns e esmolas, não está de modo algum desobrigando dessas importantes práticas e sim mostrando que estão entre as mais básicas, que nunca podem ser exercidas sem justiça, misericórdia e fé.
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” Mateus 23.23

6. A manutenção da Igreja Primitiva
Porém, se observarmos a prática da Igreja Primitiva, não encontraremos lá nenhuma menção ao dízimo; pelo simples fato de que eles já davam tudo o que possuíam, indo muito além do dízimo.
Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade. Atos 4. 32-35
Infelizmente Ananias e Safira confundiram as coisas e decidiram não dar tudo e apenas parecer que estavam dando (não nos lembra a hipocrisia dos fariseus?), no que foram repreendidos por Pedro e castigados por Deus.
Através do exemplo da Igreja Primitiva não vemos a abolição do dízimo, e sim a disposição de irmos muito além dele. O que em nada contraria a observância dos dízimos e das ofertas.
Eu não faço questão alguma de falar de dízimo a qualquer igreja que vá além dele; o problema é que a grande maioria dos que lutam contra esta ordenança, o faz justamente para oferecer menos ao Senhor e à Sua Igreja.
Entretanto, para aqueles que vão além da ordenança do dízimo, doando seus bens liberalmente a Deus e à Sua Igreja, não há o que dizer senão que Deus os abençoe e os mantenha assim!


6. Porque ensinar a prática do dízimo e não deixar à espontaneidade de cada crente
Aqueles que não aceitam a prática do dízimo apelam para a espontaneidade da oferta, pois Deus ama a quem dá com alegria. Contudo, quem disse que a prática do dízimo deva ser feita de má vontade? Mesmo no tempo da Lei, podemos ver a alegria do povo fiel e agradecido trazendo seus dízimos e ofertas à Casa do Senhor, e o desgosto de Deus quando não foi assim.
O grande problema é que se não ensinarmos a importância dos dízimos e ofertas na manutenção do serviço a Deus, teremos o que vemos amiúde, uns poucos irmãos fazendo das tripas coração para sustentarem a igreja, com cantinas, quermesses, bazares, etc, enquanto a maioria entrega apenas esmolas para a igreja, ou vivem da memória do dia que deram um valor maior.

7. Quem deve dar o dízimo?
Não podemos esquecer que dízimo é um referencial justo que confere proporcional igualdade no compromisso de todos os fiéis, e juntamente com as ofertas são demonstrações de fé e confiança em Deus, coisa muito normal de se esperar dos crentes, batizados e professos, publicamente comprometidos com a obra de Deus.
Todavia, é coisa estranha o desespero de muitos pastores em cobrar ofertas dos visitantes da igreja, e muitas vezes até sob ameaças de demônios ou ofertas de seguro retorno financeiro, esquecendo-se de que de nada vale trazer dinheiro à igreja, sem que primeiro se tenha entregado o coração ao Senhor Jesus.
É certo que não rejeitamos a oferta de quem quer que seja, contudo, não podemos mercadejar o Evangelho usando semelhantes expedientes.

De um lado, sou contra o constrangimento que alguns líderes tem feito aos irmãos. Penso que o ensino deve ser dado em geral, numa orientação aos crentes, mas não cabe a nós fiscalizar a vida dos irmãos, pois a observância do dízimo é de foro íntimo e cada um é responsável diante de Deus e de mais ninguém.

Por outro lado, entendo que convém aos líderes da igreja, pastores, presbíteros e diáconos, que sejam dizimistas, devendo ser cobrados a esse respeito, pois não há a menor coerência receberem os dízimos dos irmãos com o fim de aplicá-los na obra de Deus, se eles mesmos não dão o exemplo.

Vemos assim que ser dizimista é uma alegria dos crentes de todos os tempos, antes e depois do período da Lei; mas é apenas uma pequena parte de nosso compromisso com Deus, parte esta que não deve ser esquecida, e não exclui as demais obrigações. Quem dá o dízimo, reconhece que é Deus quem o sustenta, e demonstra que crê na certeza de que sempre será assim. Não somos nós que administramos o uso do nosso dízimo, ou escolhemos distribuí-lo como melhor nos pareça, mas, cabe ao Conselho da Igreja a fidelidade no bom destino deste dinheiro, da mesma forma como cabe a nós o dever de trazê-los à igreja. Não há uma cobrança individual para que você “pague o dízimo”, mas é a sua consciência que responde diante do mandamento de Deus. Não se trata de “comprar bênçãos”, muito menos a salvação e sim de amar a Deus e a Sua casa, trabalhando e contribuindo  para o progresso do Evangelho, manutenção do culto a Deus e amparo aos necessitados.        


Muito obrigado por sua pergunta, amado irmão; espero tê-lo ajudado com essa resposta.

Que Deus lhe abençoe, hoje e sempre!


Pr. Sandro Márcio

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Como o Pai enviou o Filho, se os dois são a mesma Pessoa?

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que enviou seu Filho unigênito.
Pastor, como pode o Pai enviar o Filho, sendo que o Pai é o Filho e o Filho se refere ao Pai?
Me esclareça essa questão, pastor.
Sou novo convertido e ainda não tive oportunidade de perguntar ao meu pastor.
Obrigado!
Francisco Gomes

RESPOSTA  DO PASTOR SANDRO 
Bom dia, querido irmão!
Me desculpe a demora em lhe responder, tive a semana bastante difícil, mas, graças a Deus pude lhe escrever agora!

Quanto à sua questão, devo lhe dizer que o Pai, o Filho e o Espírito Santo SÃO O MESMO E ÚNICO DEUS, MAS NÃO SÃO A MESMA PESSOA!

Calma, vamos falar mais sobre isto:
Precisamos lembrar que não estamos falando acerca de uma criatura e sim do Ser de Deus.

Verdadeiramente, tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador. Isaías 45.15
Em se tratando de criaturas, naturalmente, podemos dizer que cada pessoa é um ser e cada ser não pode se identificar como mais do que uma pessoa, seja homem, mulher, demônio ou anjo.
Já, falando do Ser de Deus, tudo o que sabemos é o que Ele nos revelou sobre Si, isto é, por meio de Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.
Diz a Bíblia que só existe um Deus e que prestar culto ou adoração a qualquer outro ser é vã idolatria, ofensiva ao Todo-Poderoso.
Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Isaías 44.6
Êxodo 34:14  (porque não adorarás outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; sim, Deus zeloso é ele);
2 Reis 17:35  Ora, o SENHOR tinha feito aliança com eles e lhes ordenara, dizendo: Não temereis outros deuses, nem vos prostrareis diante deles, nem os servireis, nem lhes oferecereis sacrifícios;
2 Reis 17:36  mas ao SENHOR, que vos fez subir da terra do Egito com grande poder e com braço estendido, a ele temereis, e a ele vos prostrareis, e a ele oferecereis sacrifícios.
Deste modo, na Bíblia, qualquer ser, homem ou anjo, que se busque adorar, logo é repudiado com veemência:
Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou.  Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem. Atos 10. 25,26.
Atos 14.
12  A Barnabé chamavam Júpiter, e a Paulo, Mercúrio, porque era este o principal portador da palavra.
13  O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para junto das portas touros e grinaldas, queria sacrificar juntamente com as multidões.
14  Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando:
15  Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles;
16  o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;
17  contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria.
18  Dizendo isto, foi ainda com dificuldade que impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.
Apocalipse 19:10  Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.

Contudo, acerca de Jesus, nós o encontramos, desde o seu nascimento, recebendo com naturalidade a adoração das pessoas, e até de anjos e demônios:

Mateus 2:2  E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.
Mateus 2:11  Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.
7  Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.
8  Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto.
Mateus 8:2  E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
Mateus 9:18 ¶ Enquanto estas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá.
Mateus 14:33  E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!
Mateus 15:25  Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!
Mateus 20:20 ¶ Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor.
Mateus 28:9  E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram.
João 9:38  Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou.
Hebreus 1:6  E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.

Também nos aponta a Palavra de Deus o Espírito Santo, como Deus, enviado pelo Pai e pelo Filho para consolar, capacitar e orientar a Igreja Cristã.
João 14.
16  E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,
17  o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.
26  mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.
João 16.
7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.
8  Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:
9  do pecado, porque não crêem em mim;
10  da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais;
11  do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.
12  Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora;
13  quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.
14  Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
15  Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

Em alguns momentos na Bíblia, vemos estas três pessoas distintamente se relacionando entre si.
Gênesis
1 ¶ No princípio, criou Deus os céus e a terra.
2  A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
3 ¶ Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
João 1.
1 ¶ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2  Ele estava no princípio com Deus.
3  Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
14  E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
João 1.
16  Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.
17  Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
18  Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.
Mateus 3.
16  Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele.
17  E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

Sendo assim, que existe um único Deus e essas TRÊS PESSOAS DISTINTAS são apontadas como Deus, e relacionam-se entre si, a única conclusão possível é que não há três deuses, nem tampouco três manifestações  temporais de Deus e sim que o único Ser de Deus é composto de três pessoas distintas, iguais em eternidade, poder, sabedoria e santidade, coexistindo e se relacionando em plena harmonia, distribuindo, segundo o conselho da Sua vontade as funções a serem exercidas na história da redenção.
Então, o Pai não morre, mas envia o Filho para morrer por nós; e, após a ascensão de Cristo, o Pai e o Filho enviam o Santo Espírito para nosso bem!
Alguns tentam explicar a natureza de Deus de diversas formas: os estados da água, os ramos da árvore, as uvas de um cacho, mas, todas as explicações são deficitárias, pois nada nesse mundo pode ser comparado ao nosso Deus. Cremos que assim é porque assim Ele se revelou a nós!

Sei que o tema é difícil, mas, o que esperar, se mal conseguimos compreender a nossa própria natureza humana; quanto mais entender nitidamente o Ser de Deus?

Resta-nos aceitar a revelação que Deus faz de si mesmo nas Escrituras.
Mas, talvez tão ou ainda mais incompreensível do que o Ser de Deus seja o grande amor que Ele tem por criaturas tão defeituosas e pecadoras, a ponto de enviar Seu amado Filho para morrer por nós!

Se de algum modo eu pude ajudá-lo foi uma honra para mim!
Um forte abraço,
Em Cristo,
Pr. Sandro Márcio
(Ps. Me responda o que achou da resposta e me diga se permite que eu a publique em meu blog).

Resposta do Leitor
Meu amado Pastor, Ungido do Senhor, Bom dia!
Obrigado por ter dispensado uma parte do seu precioso tempo para me dá atenção. Quero lhe dizer que as suas palavras foram muito claras, esclarecedoras, de fácil entendimento e muito proveitosas. Agora meu Espírito está calmo, para a glória do nosso único Salvador Jesus Cristo.
Um forte abraço e fique na paz do nosso Senhor Jesus Cristo.
Francisco Gomes da Silva

Boa tarde, amado pastor!
Esqueci de autorizá-lo a publicar sua resposta em seu blog. Sim pastor, sei que muitas pessoas que também têm essa dúvida, serão esclarecidas.
Mais uma vez, obrigado!
Francisco Gomes da Silva